segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lembranças

 Pé de Grumixama

Quando posso, gosto de andar pelas ruas, sem rumo... Às vezes, até nas ruas que fazem parte do meu caminho de todo dia, é tudo tão diferente! Esse
olhar sem pressa, esse olhar que olha através dos portões, das vidraças, ultrapassando as carcaças.
O meu olhar vai invadindo as árvores, tão lindas, tão frondosas! Suas folhas
caindo, num verde intenso, e vou secando cada calçada, tão singular, com
suas casas com quintal! E vem a lembrança de criança, o cheiro da terra, o gosto das frutas que eu pegava nos meus galhos, na minha árvore.
Parece brincadeira, mas não é, eu tinha as minhas árvores favoritas, e, em cada
uma delas, alguns galhos que eram só meus. Os outros eu dividia com a minha amiga e vizinha, muro com muro, e nós nem precisávamos entrar pelo portão, pulávamos aquele velho muro, como se fosse nosso companheiro, facilitando na hora da fome, do banho, da escola...
Você não quer saber que árvores, tão cheias de lembranças, eu tinha no
meu quintal?
Tinha caramboleiras, ameixeiras, abricó, pitangueiras, abiu, grumixama (será que ainda existe? Você já ouviu falar?). Fora as amoreiras e goiabeiras da
vizinha de trás. Que saudade que tenho... da minha infância feliz...


Aucirema - 4º semestre

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