sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Paulo Freire e a educação bancária


Paulo Freire é um educador, pedagogista e filósofo brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. 
Conhecido principalmente por seu método de alfabetização de adultos, Paulo Freire propôs um espaço educativo diferenciado da educação tradicional, denominada por ele de "educação bancária", com seus círculos de cultura, onde acontece a educação popular, com discussões de temas propostos pelos próprios alunos e direcionados pelo professor. 
Um dos princípios propostos pelo educador é a utilização de "palavras geradoras", a partir da investigação do universo vocabular dos alunos. Palavras essas que servem de base para as lições de alfabetização.
Na segunda etapa do método freireano, quando os alunos já conseguem ler e escrever textos simples, as palavras tornam-se temas geradores que podem alcançar uma abrangência maior e alimentar o diálogo, que é o princípio mais importante da pedagogia freireana. Os temas geradores estão, então, relacionados com a vida dos educandos para que haja uma proximidade crítica entre o mundo e a sala de aula.
Para Paulo Freire, o homem não nasce homem, ele se forma homem pela educação. Por isso, educação é formação; e, ainda, aprender não é acumular conhecimentos.
Por exemplo, aprendemos História, não para acumular conhecimentos, datas, informações, mas para saber como os seres humanos fizeram a História e para continuarmos a fazer História.
Atualmente, no Brasil, a educação é fundamentalmente bancária, apesar de alguns educadores, além de Paulo Freire, tentarem mudar essa situação. Basicamente, os estudantes são condicionados a memorizar conteúdos com a finalidade de  passar em exames e vestibulares, e para que  tenham acesso à universidade pública, por meio de provas que cobram esses conteúdos, que nem sempre servem para a vida.
Os jovens são treinados desde cedo para decorar a matéria transmitida, que, na maioria das vezes, não é inserida em um contexto de mundo. Ou seja, os conteúdos são apresentados ao aluno sem que haja uma contextualização. Alguns profissionais da educação, por sua vez, acomodaram-se à "educação bancária" por ser mais fácil, por não exigir muito do professor e não exigir uma grande preparação da aula, uma vez que a aula não se adapta aos alunos, mas os alunos, sim, são forçados a se adaptarem à aula, e aquele que não se adapta é considerado “fraco”.
Segundo Freire, isso não é educação. A educação deve gerar interesse na busca de mais conhecimento. O estudante deve se sentir provocado pelo conteúdo, para que ele, por conta própria, busque mais conhecimentos sobre o tema.

Laura Catharina de Araújo – Letras (2º Semestre - 2015-2)

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