quinta-feira, 28 de março de 2013

O Festim de Samuel

Em New York, a cidade mais fashion do mundo, morava um menino brasileiro chamado Samuel. Samuel era um menino de classe alta, filho único. Seus pais fizeram fortuna no Brasil com grandes empresas e, por fim..., na política. Decidiram viver em New York, porque o Brasil era violento e não era seguro o suficiente para os investimentos da família. 
Samuel, então, era um verdadeiro reizinho, cheio das vontades e muito mandão. Um dia acordava e dizia: “- Quero o último modelo do vídeo game 5 Ds, da Nintendo” e plim... sua vontade era uma ordem. Outro dia gritava para seus empregados: “- Quero o tênis que reflete ouro, aquele da propaganda na TV” e plim... os empregados se matavam e realizavam a vontade do menino em um minuto. 
Dessa forma, a família de Samuel procurava dar de tudo o que podia para fazê-lo feliz: as melhores marcas de roupas e brinquedos; em seu quarto havia tablets de última geração; celulares dos mais variados modelos; brinquedos eletrônicos dos personagens da Disney e, sempre, muito, muito mais... Ah! Samuel ia à Dineylandia todo mês. Mas nada o satisfazia!!!! Sentia-se sozinho e não era feliz, apesar de tudo o que tinha. 
Certo dia, passeando com seus pais pela 5ª Avenida (famosa avenida de New York), olhando pela janela de sua limousine, viu algumas crianças brincando de casinha com areia e mato em um parque. 
Samuel não se esqueceu daquela cena e resolveu sair de casa para conhecer o mundo lá fora. Achava que as crianças daquele parque eram mais felizes do que ele. Ao se envolver com aquelas crianças pobres, percebeu que o mundo delas era diferente. Elas não tinham o que ele tinha, mas eram muito felizes. 
Depois de um dia inteiro de brincadeiras na rua com muitas crianças, correndo, subindo em árvores, inventando brinquedos com pauzinhos e areia, Samuel voltou para casa e disse para o seu papai: “- Papai, quando eu crescer, quero estudar para ajudar as crianças de rua”. 
Anos se passaram e, já formado em Psicologia, resolveu organizar uma ONG, onde dava assistência para todas as crianças de rua. Um dia, Samuel resolveu ir à igreja e fazer uma oração em agradecimento a Deus. 
Certa noite, ao dormir, teve um sonho, em que uma voz celestial lhe dizia: “- Samuel, Samuel, todos aqueles que fazem caridade, um dia conhecerão o céu”. 
Muito feliz com o sonho, resolveu se dedicar mais em ajudar os necessitados. Abdicou de toda a sua fortuna e foi morar em um mosteiro. 
Ao chegar ao mosteiro, como se fosse um milagre, percebeu que já era esperado e querido por todos. Foi recebido com um grande “festim celestial” e uma música angelical. 
Assim, conheceu a verdadeira felicidade e alcançou as graças divinas aqui mesmo na terra, antes de chegar ao céu. 
Querem ouvir a música de Samuel? Então, cliquem no vídeo abaixo.


Autoras: Jane Rosilda Ferreira, Fátima Florindo, Rosa Maria de Deus, Cristina Pereira dos Santos, Christiane da Silva Rosa.


Proposta: reconto de "Festim Celestial", dos irmãos Grimm, adaptando a narrativa, conforme as tendências atuais para a literatura infantil.
Aspectos mais positivos do trabalho: O grupo transportou a história para um espaço/cenário contemporâneo, símbolo do capitalismo e consumismo que dominam nossa sociedade, em um tom crítico e irônico. O personagem deixa de ser "caráter" e passa a ser "individualidade". Ou seja, não é perfeito e puro, mas vive a dualidade entre o certo e o errado, assim, acaba questionando seu modo de vida, até transformá-lo do seu jeito "certo". Há temáticas sociais contemporâneas inseridas, tais como as ONGs, a ajuda a crianças abandonadas, o excesso de consumo a que nossas crianças estão sendo incentivadas. O humor e a criatividade são pontos altos desse reconto. Por fim, mantiveram a mensagem cristã de exemplaridade do conto original, com a diferença de que Samuel tem sua recompensa aqui mesmo em vida e não no céu, após a morte. Leiam a versão original para melhor compreensão desse reconto. Ótima ideia para a apresentação do trabalho, por meio do varal de gravuras com a intenção de orientar a atenção do ouvinte, de modo a ajudar na compreensão da sequência das ações. Com destaque para a criatividade da Jane, ao intervir nos elementos da narrativa desse reconto, e para a excelente contadora de histórias, Rosa Maria.Parabéns ao grupo! 
Público indicado: leitor fluente e crítico (após 10 anos de idade).

Nenhum comentário:

Postar um comentário