Dançaríamos porque para tal apresentação é necessário fincar um mastro central no chão e no topo do mastro são presas as pontas de longas fitas coloridas, cuja extremidade pendente é sustentada por cada aluno. A diretora já tinha autorizado comprar três metros de fita para cada criança e já havia arranjado quem fincasse o mastro no chão. Contudo, um mastro para quarenta crianças ficou inviável. Dois mastros não cabem no local destinado à coreografia.
Eu e minha parceira trocamos de dança: a balainha, típica do Estado do Paraná, conhecida também com o nome de "arcos floridos" ou "jardineira", e é desenvolvida com os pares que sustentam um arco florido. Linda! Só que arranjei trabalho para mim e para minha fiel e inseparável ajudante: minha querida mãezinha Edite, sempre disposta a colaborar com seus dotes artísticos. Lá vamos nós enfeitar vinte bambolês com sete flores de papel crepom em cada um para a tal balainha. Fora mais trinta flores também de crepom para cada presilha modelo tique-taque que as meninas usarão na cabeça. E mais um painel alusivo à Região Sul. E pesquisa de coreografia e da música da tal balainha.
Vida de professor não é fácil, mas é gratificante. Eu reclamo, reclamo, reclamo, mas não me vejo em outra profissão.
Ana Carolina Ferreira do Nascimento - 4º semestre
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