Como cavalo em desfile de sete de setembro

Antes de tudo, quero justificar o título desta crônica. Não quero faltar com o respeito, nem ser grossa com ninguém. É apenas uma expressão que ouvi e achei muito legal, então resolvi usá-la para expressar como tenho me sentido desde que entrei na universidade. Não quero dizer que estou fazendo o curso de qualquer jeito, não é isso. Apenas tenho aprendido a controlar um pouco da minha ansiedade e dos meus medos. Tenho procurado ser um pouco mais serena.

Ultimamente tenho andado igual ao cavalo em desfile de sete de setembro. Se o tempo não deu, se o dinheiro acabou se esqueci da prova ou de algum trabalho. A vida tem sido muito corriqueira e nem sempre dá tempo para resolver tudo ou sequer lembrar-me de algo.

Por isso, mesmo dando minhas c... procuro não perder a pose e mostro os dentes, esperando ser aplaudida. Antes, eu me descabelava e enlouquecia. Mas agora, não que esteja acostumada ou acomodada, mas é que à medida que vamos adquirindo experiência, vamos aprendendo a negociar prazos e ter mais jogo de cintura etc.

O importante é não se descuidar da saúde, principalmente mental, pois tem hora que realmente o raciocínio vai pro espaço. Aprendi a controlar a culpa por não estudar as vinte e quatro horas do dia. Sei que posso ter meus momentos de lazer sim, senão eu "piro" de vez. As adversidades vêm e nós temos que enfrentá-las, afinal se queremos vitória, temos de lutar.

Pensar nos frutos que vou colher daqui a algum tempo me dá forças para continuar. Então, faço limonada com os limões que hoje me são oferecidos e sigo em frente. Todo atleta em tudo se supera. Nós somos atletas literários em busca do nosso prêmio: o conhecimento, a experiência e o saber que é muito mais valioso que qualquer dinheiro e que ninguém pode nos roubar, é nosso para sempre. Sonhamos um sonho que é fácil de sonhar e difícil de concretizar, mas Deus está conosco e nos dá forças para prosseguirmos para nosso

Marilu Lins - 4º semestre