Em que momento me senti autora?

    Fui uma adolescente não muito estudiosa, mas, em compensação, um tanto quanto leitora. Adorava ler! Lia de tudo um pouco, não havia em mim preferências por esta ou aquela leitura. 
    Minha casa sempre foi bastante incentivadora com relação a isso. Minha mãe não estudou muito, mas adorava ler e, principalmente, escrever. Ela contava tudo que acontecia com ela e com a gente, em um caderno que fazia de diário.
    Eu acho que herdei isso dela!!!!!
    Sempre adorei escrever, nunca fiz um diário como minha mãe, mas achava que escrevendo me expressava melhor! (mas, um segredinho: nem sempre as pessoas me entendiam!!!)
    Na verdade, até esse momento não me sentia autora de nada, nem de coisa nenhuma, apenas usava a caneta para meus desabafos.
    Comecei a me sentir realmente autora, logo que entrei na faculdade, quando fui estimulada (para não dizer obrigada!!!) a produzir dissertações, portfólios, relatos, diário de bordo, artigos  e crônicas pedagógicas.
 Ao criar cada texto, percebo o quanto a raiz plantada na adolescência, através dos meus desabafos, me ajuda neste momento.
    Sinto-me capaz de produzir qualquer texto, ainda bem, pois sei que o pior ainda está por vir: o temido, mas necessário, Trabalho de Conclusão  de Curso, mais vulgarmente conhecido como TCC. (Que Deus me ajude!!!!)

Izildinha Belli - 4º semestre