Pintamos a mula sem cabeça, quando, de repente, uma criança começou a bater na outra por causa do lápis de cor. Fui tirá-lo de lá, pois já estava preparado para morder o amigo.
Para meu espanto, ele mordeu meu braço. Doeu demais! Senti muita raiva na hora... A vontade que eu tinha era de dar-lhe umas boas palmadas, mas, como não posso fazer isso, comecei a chorar muito.
Para não perder a razão, levei-o para a dirigente, e ela chamou a mãe e conversou com ela. O aluno voltou para sala como se nada tivesse acontecido e eu fiquei com a raiva e com minha dor.Para meu espanto, ele mordeu meu braço. Doeu demais! Senti muita raiva na hora... A vontade que eu tinha era de dar-lhe umas boas palmadas, mas, como não posso fazer isso, comecei a chorar muito.
Eu até entendi o porquê da sua fúria, uma vez que a situação familiar é muito complicada, e há, também, a falta de limites.
No entanto, quando passou sua raiva, ele veio cheio de dengo para mim, dizendo que me ama, me pede desculpas. Eu acredito que a família faz tudo que ele quer, sempre estão oferecendo coisas em troca, "se você fizer isso eu dou aquilo" e assim por diante. Eu tento conversar com ele, na hora fica tudo bem, mas depois ele volta a fazer tudo de novo.
Penso que estudando os grandes teóricos do desenvolvimento infantil, como Piaget, Vygotsky, Wallon e muitos outros até o final do curso de Pedagogia, conseguirei compreender o que há por trás de uma mordida. Já aprendi que a criança é muito mais emoção do que razão. Então, quando utiliza-se da agressividade é porque está tentanto se expressar na linguagem que aprendeu com a família ou com o meio em que interage. Esse menino, por exemplo, quando foi contrariado, agrediu.
Acredito que meu papel como pedagoga será dominar a situação e não me colocar como vítima de uma criança tão pequena... Essa situação me ajudou a refletir e aprender. Da próxima vez que enfrentar algo assim, certamente, estarei mais preparada.
Fátima Florindo da Silva - 2º semestre 2012/2
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