Os anos se passaram... Casei, tive filhos e, então, resolvi fazer o Magistério. Isso tudo sem parar de trabalhar, e muito menos de ajudar meus pais. Ah! Quanto prazer eu sinto em poder ajudá-los!
Mudei de balconista para educadora, porém senti a necessidade de uma graduação, mas como fazê-la se isso era privilégio de poucos? Além disso, havia outras prioridades: minha família que precisava de mim.
Consegui entrar na rede pública, na área da educação e aí vi a oportunidade de fazer uma faculdade. A sorte estava do meu lado, pelo menos foi o que pensei, quando o secretário de educação disse que faríamos uma faculdade de Pedagogia gratuita, assim, que a outra turma se formasse. Passaram-se um, dois, três anos e nada. Foi aí que soube por uma amiga sobre o Parfor, me cadastrei, mas não consegui entrar, mesmo assim não desisti e me inscrevi, também, no ano seguinte.
A surpresa foi tamanha ao abrir minha caixa de e-mail e ver que havia sido chamada. Enfim, seria eu aluna da melhor universidade da baixada.
Senti orgulho de mim mesma. Sabia que não seria nada fácil conciliar casa, trabalho e estudo, no entanto, era muito importante para mim. Então, pensei: “quantas pessoas não queriam estar no meu lugar?”
Com a ajuda e compreensão do marido, filhos, mãe, irmã, amigos e professores, já estou no 4º semestre e com a certeza de que, em 2014, serei uma pedagoga com muito orgulho.
Apesar das centenas de noites mal dormidas e alguns dias em claro, não me arrependo de nada que passei para chegar onde cheguei e, se Deus me permitir, irei até o fim.
Agradeço todos os dias pela oportunidade que tive e também agradeço a todos que participam direta ou indiretamente desta minha luta para que eu consiga alcançar o meu objetivo.
Cláudia Costa - 4º semestre 2012/2
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